quinta-feira, 11 de novembro de 2010

028 - 11/11/2010 - COLUNA ISTO É BRASIL - (POR ISSO, É ASSIM.)

“Quando educação se torna um business os processos seletivos se tornam instrumento de injustiça social.”
As provas realizadas no último fim de semana em todo o território nacional tinham a difícil missão de resgatar a dignidade do INEP seriamente arranhada após o escândalo de venda de provas do ENEM ano passado. Fato agravado pelos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB em que o Rio de Janeiro figura nas últimas posições com o maior número de escolas públicas abaixo das expectativas do MEC. É o governo Pinóquio Cabral, em sequência, o governo Cesar mala e o atual governo Eduardo Paz. O colapso do ensino público no Brasil é um ciclo que se repete desde que a corte carioca, desde o governo Mala e Pinóquio, não sabia que modelo educacional adotar, se o português, obviamente em declínio, mas ainda comprometido com a coroa. Ou se o modelo inglês, cujos jovens recém formados eram empreendedores e deixavam a escola prontos a dominar os mares. Venceu a coroa.
A cada ciclo de crise no sistema educacional as medidas tomadas são sempre as mesmas ainda que travestidas de novidade. Uma instituição é extinta em detrimento de outra, caso que ocorre ainda hoje no governo do Pinóquio Cabral em querer acabar com uma escola só porque foi criada no governo antecessor (Rosinha Garotinho), ocorrem mudanças no sistema de avaliação, a moda atual é a conceitual sem reprovação, ocorrido no governo Mala, tudo regado a complicados cálculos matemáticos, que nem mesmo os alunos seriam capazes de fazer, transformados em índices mentirosos. Um ponto percentual para cima em alguma tabela é comemorado qual gol em final de Copa. Porem manipulados de forma a esconder as fraquezas dos incompetentes governantes. Enquanto isso nossos alunos aprendem cada vez menos. Professores sofrem ataques de nervos ou se engalfinham em uma luta corpo a corpo pela sobrevivência com seus alunos em plena sala de aula, quando não, as notícias de abuso quais as ocorridas no Rio.
Enquanto isso a Europa ‘pensa’ em ciência para todos, aqui a pretendida educação para todos não está funcionando. O acesso a escola de educação básica e de ensino médio, (incluindo ai o ensino pós médio), e ainda não me referindo à escola pública de qualidade, não existem. Quem tem grana, paga uma escola particular; Quem não tem se f.....
O ensino superior recém experimentado pela assim chamada classe “C” faz surgir uma questão. A que tipo de escola e ensino se está tendo acesso? Que tipo de ensino superior os milhares de brasileiros “emergentes” estão absorvendo? O boom de instituições de ensino ocorrido nos últimos dez anos não se deu pela voracidade nacional pelo conhecimento, mas sim por um negócio.
Educar se tornou um mercado promissor onde a escola ou a faculdade se transformou em uma empresa, o aluno, bem esse deixou de ser aluno para ser um consumidor. Tanto que se reclama nos PROCON’s da vida por ai. Deveríamos reclamar, no Ministério da Educação.
Outro agravante é a falta de uma resposta convincente para a pergunta: O ensino médio ensina exatamente o que? O aluno recém formado está preparado para que? O conhecimento adquirido em doze anos de estudo o capacita para que? A resposta é estarrecedora: Nada. O aluno saído do ensino médio por volta de seus dezoito anos de idade é apenas mais um desempregado, salvo se optou pelo ensino técnico, que se ajustou a uma tal de “VOCAÇÃO” para a região condenando a verdadeira vocação pessoal a uma mudança de residência ou a uma locomoção que só privilegia aos signatários do transporte coletivo que despeja polpudas comissões nas mãos dos políticos com mandatos e poderes sobre o povo. Mas, neste caso, o estudante não estará preparado para passar em um vestibular sério. Em qualquer país com o mínimo de seriedade o nosso ensino médio seria considerado um escândalo, pois é a maior ferramenta de exclusão social que se tem notícia. Ai, então procura o ENEM como forma de galgar uma graduação.
Importa para estes governantes, que o aluno/consumidor seja um número em uma tabela? Enquanto o mundo inteiro se pergunta: Como educar no pós-indústria? Nós aqui sequer sabemos como lidar com nossos próprios professores que vem de uma graduação mal feita e passa a ensinar o que não sabem.
É preciso, urgentemente, que nos voltemos para a educação que importa. Aquela que pode formar uma pessoa de verdade. Uma esfera cognitiva além das comuns como família e comunidade. Enquanto este caminho não for trilhado o ENEM os vestibulares e mesmo o sistema de Cotas serão apenas instrumentos de injustiça social.
Existe uma máxima que não é cumprida por aqueles que se dizem conhecedores de fazer educação nesse País. – “FAÇO ESCOLA PARA ALUNOS”. Como??? Se não existe mais aluno e sim consumidor de pseudo ensino. E este, não serve pra nada. Só pra encher os bolsos de alguns.
Sou Dom Paulo de Bel
Mal formado pela FAETEC/RJ.
Querendo me aprimorar nos
Estudos de Técnica de Polímeros
E não podendo por casa dos
Políticos desse País.
Editor do ...
SINDICATO DO POVO
UM GRITO PELO SEU DIREITO
.
.
.
---